domingo, 31 de março de 2013

Páscoa


Páscoa Gnóstica
Hoje, celebramos a Páscoa.

Segundo a tradição cristã, foi neste dia que Jesus Cristo – após morrer crucificado na sexta-feira santa – ressuscitou dentre os mortos.

Cristo se sacrifica para redimir os pecados do mundo. Lembremos que sacrifício provém da união de duas palavras “sacro” e “ofício”, ou seja “ofício sagrado”. Muitas vezes confundimos “sacrifício” com “pesar”, “dor” ou “incômodo”. Mas o verdadeiro “sacro ofício” é feito com o coração livre.

Dissemos que o Cristo se sacrifica (e não que se sacrificou), pois não é o Cristo histórico, aquele que morreu com simbólicos 33 anos, há aproximadamente 1980 anos atrás, que deve nos redimir os pecados. Ele foi o maior de todos os mestres que passaram pela Terra e nos ensinou o “religare” (o caminho de retorno ao Pai, Deus). Este é um trabalho para nosso Cristo Íntimo, também conhecido como nosso “Magnésio Interior” pelos alquimistas, uma das partes do nosso ser.


Quando Cristo disse, após a Santa Ceia da quinta-feira santa, “Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai, senão por mim” (Jo 14:6), não dizia que a salvação estava condicionada à adoração de sua personalidade física, como fazem infelizmente a maioria das religiões. 

Esta frase foi dita simbolizando o Princípio Crístico Universal, ou seja, ninguém chega ao Ser, a Deus, sem antes encarnar dentro de si esta energia maravilhosa do Cristo Íntimo, do Magnésio Interior, pois é esta energia a única capaz de eliminar nosso defeitos.

Em João 12:23-25, temos:

“E Jesus lhes respondeu, dizendo: E chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado.
(crucificado, pois a glória está na cruz, símbolo da união sexual entre homem e mulher)
Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto.
(Como diria Samael Aun Weor, "se a semente não morre, a flor não nasce". É necessária a transformação para que haja crescimento, mas toda transformação é dolorosa)


Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna."
(Os egoístas que amam sua vida e não se sacrificam pela humanidade perderá sua alma, e aqueles que se sacrificam pelos outros, terão a vida eterna.)
Ao ressuscitar dentre os mortos, o Cristo - com a morte - mata a própria morte e torna-se um imortal. É um belíssimo símbolo da Energia Crística, que existia, existe e sempre existirá no universo.

Em seu livro "As Três Montanhas", Samael Aun Weor nos diz que a Primeira Montanha é a da "Iniciação", que a Segunda Montanha é a da "Ressurreição", e que a Terceira Montanha é a da "Ascenção".

(...) Os três cravos [da crucificação] estão indicando as três purificações. A primeira corresponde a Primeira Montanha (da qual falei em meu livro intitulado "As Três Montanhas", quer dizer, a Primeira Purificação é a Iniciação. 

A Segunda corresponde a Montanha da Ressurreição. Está devidamente fundamentada em Nove dos Doze Trabalhos que realizou Hércules, o homem solar.

A Terceira Purificação se realiza sobre a Segunda Montanha, antes da Ressurreição do Filho do Homem. É sobre o cume desta resplandecente Montanha que se deve QUALIFICAR AS OITO INICIAÇÕES recebidas. De nada serviriam as iniciações se não fossem qualificadas.

Uma coisa é receber as Iniciações, e outra é sua qualificação. Assim pois, não se esqueçam, que são Três Purificações. São os TRÊS DIAS que JESUS permaneceu no Santo Sepulcro, antes de sua Ressurreição. São os três dias que Jonas estece dentro do ventre da Baleia, antes que fosse expelido por ela nas praias de Níneve. (...)


Assim, irmãos, quero que vão entendendo o que é a Semana Santa...


Após morrer e ressuscitar, o Chrestus Cósmico passou algum tempo com seus apóstolos. Nós, gnósticos, sabemos que se passaram precisos 11 anos entre o Chrestus Cósmico ressuscitar e ascender aos céus. Esta ascenção possui diversos simbolismos, um dentro os quais é a Epifania.

Neste lapso de tempo o Chrestus Cósmico compartilhou diversos ensinamentos com seus discípulos, compilados na Bíblia Gnóstica: A Pistis Sophia.

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