segunda-feira, 11 de julho de 2011

Os Elementos Químicos na Alquimia (1/2)


Há milhares de anos se tem discutido, estudado e inquirido a respeito da transformação dos elementos. A mudança de determinadas substâncias em outras ocasionou a descoberta de variados compostos de nosso universo, assim como a expansão do conhecimento e alterações significativas em nossa sociedade.

O que hoje conhecemos como uma ciência, a Química, na verdade vem de algo muito mais antigo: a Alquimia. Este termo possivelmente seja uma derivação da palavra árabe الخيمياء (al-kimia) e, muito mais que apenas uma ciência é uma filosofia de vida, sendo a ciência apenas um dos seus produtos matemáticos.

A capacidade e o poder para alterar o meio ambiente no qual vivemos sempre foi algo que os seres humanos buscaram. Aliás, é também por estes aspectos que nos diferenciamos dos animais, sendo que estes apenas “lidam com o que possuem”, enquanto nós fabricamos ferramentas que nos auxiliem nesta “alquimia exterior”, nesta transformação do meio ambiente.

Isso me lembra uma frase interessante de Linus Torvalds, o criador do Linux, quando questionado sobre o porque da criação do mesmo: “Não havia ferramenta para o que eu queria, então escrevi uma”. Este espírito empreendedor descreve muito bem a natureza humana: Mudar nosso meio conforme a nossa vontade. Não nossa vontade egoísta e pessoal, mas a Vontade de Deus.

Uma oitava superior da simples alquimia exterior seria a “alquimia interior”. Se admitirmos que nós, seres humanos, somos os transformadores da sociedade, se compreendermos que percebemos e realizamos a alquimia exterior diariamente em nossas vidas cotidianas, então poderemos admitir também que a “alquimia interior” é a transformação do transformador, ou seja, a transformação de nós mesmos.

Realmente, a alquimia interior é fabulosa, magnífica! Particularmente, diria que na Alquimia está o "pulo do gato". É apenas através desta arte milenar que, ainda na condição de criaturas, podemos nos transformar em criadores. Sabemos que um dos movimentos da Terra é o de Revolução, que ocorre quando ela gira sobre ela mesma. O mesmo acontece conosco no processo alquímico: Atuamos sobre nós mesmos.

Não existe neste processo a evolução nem a involução, mas sim a Revolução. E a Revolução é total. Devemos, através deste processo, dissolver nossas impurezas e sedimentar nossas virtudes constantemente, princípio este simbolizado na máxima alquimista: "Solve et Coagula"

Observem a beleza e perfeição deste nosso trabalho: Devemos primeiramente fabricar em nosso interior, em nossa Terra Filosofal (simbolizado pelo Sal na Alquimia, um composto classificado como Metal de Transição: o Mercúrio. Devemos fecundá-lo, adicionar à ele o Enxofre, material classificado como um Não Metal, ou Ametal.

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